O João Jardim não é uma besta
É um energúmeno
É um equídeo, um quadrúpede
Um cisto alojado
No lombo do país.
O João Jardim não é uma besta
É uma larva, uma ameba
Um cefalópode com tentáculos
Enrolados, cravados
Nos cofres do país.
O João Jardim não é uma besta
É um alarve, um glutão
É um mamão
Que abocanha e não larga
As tetas do país.
Numa democracia à João Jardim
João Jardim não existia.
Numa democracia à João Jardim
João Jardim não abria a boca.
Numa democracia à João Jardim
João Jardim era internado
Num manicómio, num hospício
E não seria o ingrato
O parasita
O carrapato
O neandertal
O beberrão boçal
Que abomina, execra e renega o dia
E cospe na democracia
Que lhe permite vomitar disparates
Que o engorda e alimenta
Que lhe mantém o cu gordo, anafado
Alapado, grudado
À cadeira do poder.
Poema de ENCANDESCENTE Roubado a http://www.vizinho.blogspot.com/.
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