Otelo Saraiva de Carvalho
(n. 1936)
Foi alferes em Angola de 1961 a 1963, capitão de novo em Angola de 1965 a 1967 e também na Guiné entre 1970 e 1973, sendo um dos principais dinamizadores do movimento de contestação ao Dec. Lei nº 353/73, que deu origem ao Movimento dos Capitães e ao MFA. Era o responsável pelo sector operacional da Comissão Coordenadora do MFA e foi ele quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir do posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha. Graduado em brigadeiro, foi nomeado Comandante do COPCON e Comandante da região militar de Lisboa a 13 de Julho de 1975. Fez parte do Conselho da Revolução quando este foi criado em 14 de Março de 1975. Em Maio do mesmo ano integra, com Costa Gomes e Vasco Gonçalves, o Directório, estrutura política de cúpula durante o IV e V Governos Provisórios. Conotado com a ala mais radical do MFA, viria a ser preso em consequência dos acontecimentos do 25 de Novembro. Solto três meses mais tarde, foi candidato às eleições presidenciais de 1976. Volta a concorrer às eleições presidenciais de 1980. Em 1985 foi preso na sequência do caso FP-25. Foi libertado cinco anos mais tarde, após ter apresentado recurso da sentença condenatória, ficando a aguardar julgamento em liberdade provisória. Em 1996 a Assembleia da República aprovou uma amnistia para os presos do Caso FP-25.
Recebeu a rendição de Marcelo Caetano.
Salgueiro Maia
(n.1944 m.1992 )
Militar de méritos reconhecidos, dotado de uma inteligência superior e de uma coragem e lealdade invulgares, dele se diz "ter sido o melhor de entre os melhores dos corajosos e generosos Militares de Abril". Nasceu em Castelo de Vide. Fez os estudos secundários no Colégio Nun'Álvares, em Tomar, e no Liceu Nacional de Leiria. Entrou para a Academia em 1964 e em 1966 ingressou na Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Combateu na Guiné e em Moçambique, já com a patente de capitão. Foi um dos elementos activos do MFA. No dia 25 de Abril de1974, comandou a coluna militar que saiu da EPC de Santarém e marchou sobre Lisboa, ocupando o Terreiro do Paço. Horas mais tarde comandou o cerco ao Quartel do Carmo que terminou com a rendição de Marcelo Caetano. Foi membro activo da Assembleia do MFA, durante os governos provisórios, mas não aceitou qualquer cargo político no pós 25 de Abril. Faleceu em Santarém, a 3 de Abril de 1992, vítima de cancro.
General Costa Gomes
Com muito tacto,salvou Portugal da guerra civil.
Francisco da Costa Gomes
(n. 1914 m.2001)
Francisco da Costa Gomes nasceu em Chaves. Iniciou a sua carreira militar em 1931 e, em 1944, licenciou-se em Ciências Matemáticas. Em 1958, foi nomeado subsecretário de Estado do Exército, cargo de que foi exonerado devido às suas divergências com a política colonial. Como brigadeiro e general, exerceu os cargos de 2º Comandante e Comandante da Região Militar de Moçambique, entre 1965 e 1969. Entre 1970 e 1972, foi comandante chefe das Forças Armadas de Angola e, em Outubro desse ano, seria nomeado Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, cargo de que foi exonerado a 14 de Março de 74. Retomou estas funções após o 25 de Abril de 1974, enquanto membro da JSN e, em Setembro de 1974, ascendeu ao cargo de Presidente da República, onde permaneceu até 13 de Julho de 1976. Atingiu o marechalato em 1981. Esteve ligado ao Conselho Mundial da Paz e foi membro activo da organização Generais pela Paz.
Coronel Vasco Gonçalves
Responsável pelas nacionalizações e pelo PREC.
Ia levando o país à guerra civil.
Vasco Gonçalves
(n. 1922 m. 2005)
Militar. Surgiu no Movimento dos Capitães em Dezembro de 1973, numa reunião alargada da sua comissão coordenadora efectuada na Costa da Caparica. Coronel de engenharia viria a integrar a Comissão de Redacção do Programa do Movimento das Forças Armadas. Passou a ser o elemento de ligação com Costa Gomes. Elemento da Comissão Coordenadora do MFA, foi, mais tarde, primeiro ministro de sucessivos governos provisórios (II a V). Tido geralmente como pertencente ao grupo dos militares próximos do PCP, perdeu toda a sua influência na sequência dos acontecimentos de 25 de Novembro de 1975.
Coronel Ramalho Eanes
Em 25 de Novembro de 1975 restabeleceu a normalidade democrática.
Ramalho Eanes
(n. 1935)
Militar e político português. Depois de demorada carreira de combatente nas guerras coloniais, encontrava-se em Angola aquando da revolução de 25 de Abril. Aderiu ao Movimento das Forças Armadas. Regressado a Portugal, foi presidente da RTP. Dirigiu as operações militares do 25 de Novembro de 1975, contra a facção mais radical do MFA. Em 1976 foi eleito Presidente da República, sendo reeleito em finais de 1980. Cessou essas funções em Fevereiro de 1986 e assumiu pouco depois a presidência doPartido Renovador Democrático, demitindo-se desse cargo em 1987.
Presidente da República até 25 de Abril de 1974.
Américo Tomás
(n.1894 m.1987)
Almirante e Presidente da República Portuguesa (1958-1974), deposto pela revolução de 25 de Abril de 1974. Era ministro da Marinha quando Salazar o propôs para disputar as eleições contra o General Humberto Delgado, candidato da oposição política democrática, vencido com recurso à fraude. Depois do 25 de Abril de 1974 esteve exilado no Brasil, tendo regressado em 1979. Publicou as suas memórias com o título de As duas últimas décadas de Portugal.
Professor Marcelo Caetano.
Presidente do Conselho de ministros até 25 de Abril de 1974
(n.1906 m.1980)
Político de formação ultraconservadora, influenciada pela geração integralista que o precedeu, foi catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa e, designadamente a partir de 1940, enveredou pela carreira política, exercendo os mais altos cargos sob o regime ditatorial salazarista: comissário nacional da Mocidade Portuguesa, ministro das Colónias e presidente da Câmara Corporativa. Em 1968 devido a doença súbita de Salazar, ocupou o cargo de ministro da Presidência do Conselho até à revolução de 25 de Abril de 1974. Deixou vasta obra publicada, não só no âmbito do direito administrativo e corporativo, como no da investigação histórica. Morreu exilado no Brasil em 1980.
Dedicado a todos os meus visitantes "brasileiros",que pouco sabem da história dos "portugas".
Viva Portugal e "viva o povo brasileiro".
Se querem saber mais,passem por "aqui".
1 comentário:
Que os cravos perdurem no jardim da esperança!
beijocas muitas e um grande abraço
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